O mundo W e a sociedade Z, aonde acabam?



Por Rafael Almeida
Dizem que opinião é que nem c*, cada um tem o seu. Eu concordo com essa teoria, até porquê trabalho como formador de opinião, todavia, garanto pra vocês que a opinião muda, conforme a “evolução” da geração, dentro de uma complexa  organização civil. Coloquei a palavra  evolução entre aspas, porque acho, e essa é a minha opinião, que não estamos, de fato, evoluindo. Quando a gente pensa na palavra “evoluir”, entendemos que é algo bom, vem em nossas cabeças algo referente ao futuro, ou algum relacionamento com a nossa espécie, como aquele velho desenho que vemos nos livros didáticos no ensino fundamental que mostra a origem do homem, que vai do Australapithecus (ligeiramente confundido com o macaco) ao Homo Sapiens (estreitamente parecido com o Lula de 92, rs.). Pois bem, não é exatamente assim, até porque o câncer também evolui, e pra pior. Tendo como base essa minha teoria, irei focar na “evolução”, da sociedade brasileira, na geração da internet. Existem milhões de artigos falando sobre isso, com estudos sociológicos, trabalhos acadêmicos, enfim, uma infinidade de teorias lógicas e complexas sobre isto. Irei apenas dar a minha opinião sobre o que está acontecendo com essa geração.
Eu nasci na transição da década de 80 para 90, quando ainda os computadores e a internet, ainda estavam sendo elaborados para o consumo dos cidadãos. Em meados de 96 a internet virou uma febre, a qual todos queriam explorar. A febre pegou, depois vieram os vírus e o contagio passava de uma pequena parcela da sociedade para milhões de usuários infectados pelo World Wide Web, (Isso tudo foi uma metáfora ta? Rs). Tudo bem, eu não estou falando que a internet veio pra destruir a raça humana, e que ela trouxe muitos benefícios para a civilização mundial, ajudou a democratização em muitos países e hoje é fundamental para se trabalhar.
ENTRETANTO, a mal utilização, a falta de fiscalização e liberdade infinita espontânea da net, fez com que os jovens, perdessem habilidades de raciocinio, de convivência familiar e social, de cultura e sofreram uma mutação psicológica. Isto é, banalizam qualquer assunto que seja serio, não se importam de escrever corretamente, esnobam os hábitos comuns, como, sair do quarto pra dar boa noite aos pais ou visitar os avós nos finais de semana.  Hoje, a geração Z, só pensa em si e o único compartilhamento de alguma coisa, e de fotos pelo celular, ou de vídeos pelo facebook, e o pior que isso tudo não é, essencialmente, total culpa deles.
Os professores não são aconselhados em instruir os alunos a o que devem acessar na internet.
A WWW veio com o conceito de mundo livre e que o usuário tem acesso a uma infinidade de coisas e que não são controlados, achamos que porque não temos o controle total de nossas vidas, mesmo fazendo tudo que gostamos, acharíamos na net Jardim do Eden. Porém o que muita gente não sabe é, que tudo que você escreve está sendo monitorado.  A evolução traz muitas recompensas, mas, com a falta de conhecimento não há controle, a ausência do controle, traz desordem e a desordem acarreta em caos.
Teoria do Caos
A ideia é que uma pequena variação nas condições em determinado ponto de um sistema dinâmico pode ter consequências de proporções inimagináveis. “O bater de asas de uma borboleta em Tóquiopode provocar um furacão em Nova Iorque.”

Holofotes da Comunicação

Atualidade. O que dizer da realidade em que vivemos, que assassinar uma pessoa deixou de ser caso de polícia e se tornou um palco de representações nas telas da TV. Os mortos estão ficando cada vez mais conhecidos, os bandidos também. Ter seu nome divulgado na televisão como assassino é crédito pra esses bandidos. E quando se trata de um homem conhecido, mata ou manda matar a amante, que fazia filmes pornôs e participava de orgias com jogadores de futebol, por ter engravidado dele? Os casos cada vez mais bizarros, a fama toma lugar do medo da punição, a justiça tenta fazer sua parte, mas também faz isso porque o cinema está em alta.



E as famílias que não aparecem? Como elas devem se sentir ao ver todo dia a cada hora um noticiário divulgando com tal pessoa foi assassinada. Quem está sendo refém da crueldade desses holofotes é a própria sociedade que toma café com assassinato e janta corrupção com arroz e feijão. Se o infrator que tira a vida de alguém deve pagar, tem que pagar em regime fechado e restrito à mídia. 

Estamos desfocando a visão da justiça, da punição, tranformando crime em cinema. Falo da Tv somente, porque ela é o meio de comuniação que além de atingir a massa, fala pelas pessoas, faz as pessoas interpretarem o que ela transmite. Um jornal impresso te dá os dados, te mostra os resultados e faz refletir e julgar como interpretado.

A Tv lança imagens, texto, som, expressões e repressões do público, faz uma montagem daquilo que simplismente deveria ser aplicado apenas a pena, punição contra o acusado. Hoje fazemos o papel da justiça, dos revoltados, dos descontentes e dos injustiçados. Não vivemos em uma sociedade tranquila e sem violência, mas também não podemos viver na sociedade do espetáculo, onde há mocinhos, bandidos e os policiais que sempre chegam atrasados no fim do filme. A informação é essencial para as pessoas, mas seu excesso pode nos desencontrar da vida real.


O mundo colorido e efusivo dos adolescentes...

As cores estão na moda, a mistura colorida que antigamente era chamado de brega, agora faz parte do armário de grande parte dos adolescentes no Brasil e no mundo. Cores fortes ou as que chamam atenção de alguma forma fazem parte do novo look da garotada, seja menina ou menino, tanto faz, quem é mais colorido da turma, se destaca.


Outra forma que os jovens encontraram para chamar a atenção, no incrível mundo das cores, é o cabelo despenteado, quanto mais repicado ou desordenado, melhor. Os jovens entre 13 e 19 anos são os principais simpatizantes dessa moda. Calças apertadas e coloridas, pulseiras com diversas tonalidades, piercings combinando com a roupa, camisetas com estampas de cartoons , tênis de cano alto com tons intensos e óculos do modelo wayfarer, são os principais assessórios e mais utilizados por eles. Na cidade São Paulo pode se notar que a nova moda color, está em todos os cantos das ruas e, no Sul de Minas, esse estilo já faz parte da vida da garotada. Os grupos musicais de pop rock, agora com outra nomenclatura, chamados de happy rock são os principais influenciadores dessa tendência. A banda Restart é a que mais faz sucesso, além de serem, também adolescentes, é o grupo que mais se identifica com o público.


A personalidade dos jovens hoje está expressamente estampada no modo como eles se vestem as músicas que ouvem. Para muitos o estilo é uma mistura da moda da década de 80 (Dancing Days), um pouco psicodélica, com a democrática liberdade de expressão do mundo moderno. O tempo passa muito rápido nos dias de hoje. Faculdade, trabalho, trânsito, metrô e casa. Quando se vê já é outro dia e começa tudo outra vez. Esses são uns dos ingredientes que refletem na personalidade de muitos jovens que vêem na música e na ânsia de ser diferente de todos, o refúgio do caos cotidiano. Com todo esse sistema já montado, a internet como plano de fundo do que se diz, excesso de informação, resta saber qual será a nova geração. Será que será mais retrô?