Holofotes da Comunicação

Atualidade. O que dizer da realidade em que vivemos, que assassinar uma pessoa deixou de ser caso de polícia e se tornou um palco de representações nas telas da TV. Os mortos estão ficando cada vez mais conhecidos, os bandidos também. Ter seu nome divulgado na televisão como assassino é crédito pra esses bandidos. E quando se trata de um homem conhecido, mata ou manda matar a amante, que fazia filmes pornôs e participava de orgias com jogadores de futebol, por ter engravidado dele? Os casos cada vez mais bizarros, a fama toma lugar do medo da punição, a justiça tenta fazer sua parte, mas também faz isso porque o cinema está em alta.



E as famílias que não aparecem? Como elas devem se sentir ao ver todo dia a cada hora um noticiário divulgando com tal pessoa foi assassinada. Quem está sendo refém da crueldade desses holofotes é a própria sociedade que toma café com assassinato e janta corrupção com arroz e feijão. Se o infrator que tira a vida de alguém deve pagar, tem que pagar em regime fechado e restrito à mídia. 

Estamos desfocando a visão da justiça, da punição, tranformando crime em cinema. Falo da Tv somente, porque ela é o meio de comuniação que além de atingir a massa, fala pelas pessoas, faz as pessoas interpretarem o que ela transmite. Um jornal impresso te dá os dados, te mostra os resultados e faz refletir e julgar como interpretado.

A Tv lança imagens, texto, som, expressões e repressões do público, faz uma montagem daquilo que simplismente deveria ser aplicado apenas a pena, punição contra o acusado. Hoje fazemos o papel da justiça, dos revoltados, dos descontentes e dos injustiçados. Não vivemos em uma sociedade tranquila e sem violência, mas também não podemos viver na sociedade do espetáculo, onde há mocinhos, bandidos e os policiais que sempre chegam atrasados no fim do filme. A informação é essencial para as pessoas, mas seu excesso pode nos desencontrar da vida real.


O mundo colorido e efusivo dos adolescentes...

As cores estão na moda, a mistura colorida que antigamente era chamado de brega, agora faz parte do armário de grande parte dos adolescentes no Brasil e no mundo. Cores fortes ou as que chamam atenção de alguma forma fazem parte do novo look da garotada, seja menina ou menino, tanto faz, quem é mais colorido da turma, se destaca.


Outra forma que os jovens encontraram para chamar a atenção, no incrível mundo das cores, é o cabelo despenteado, quanto mais repicado ou desordenado, melhor. Os jovens entre 13 e 19 anos são os principais simpatizantes dessa moda. Calças apertadas e coloridas, pulseiras com diversas tonalidades, piercings combinando com a roupa, camisetas com estampas de cartoons , tênis de cano alto com tons intensos e óculos do modelo wayfarer, são os principais assessórios e mais utilizados por eles. Na cidade São Paulo pode se notar que a nova moda color, está em todos os cantos das ruas e, no Sul de Minas, esse estilo já faz parte da vida da garotada. Os grupos musicais de pop rock, agora com outra nomenclatura, chamados de happy rock são os principais influenciadores dessa tendência. A banda Restart é a que mais faz sucesso, além de serem, também adolescentes, é o grupo que mais se identifica com o público.


A personalidade dos jovens hoje está expressamente estampada no modo como eles se vestem as músicas que ouvem. Para muitos o estilo é uma mistura da moda da década de 80 (Dancing Days), um pouco psicodélica, com a democrática liberdade de expressão do mundo moderno. O tempo passa muito rápido nos dias de hoje. Faculdade, trabalho, trânsito, metrô e casa. Quando se vê já é outro dia e começa tudo outra vez. Esses são uns dos ingredientes que refletem na personalidade de muitos jovens que vêem na música e na ânsia de ser diferente de todos, o refúgio do caos cotidiano. Com todo esse sistema já montado, a internet como plano de fundo do que se diz, excesso de informação, resta saber qual será a nova geração. Será que será mais retrô?